“Tambem se ordenão logo co a quilha huns certos forros, que lhe poem para mays fortaleza: os quaes são coraes, e sobrequilha, postos da parte de dentro. Os coraes são os que lhe poem nos couces da roda, e do codaste, para liarem aquellas partes co a quilha…” Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 84.
“ O segundo troço (da quilha) tem 2,48 metros, apresenta as escarvas nos extremos, com a particularidade de se encontrarem do mesmo lado. (…) O terceiro troço da quilha, que é o maior, tem 2,62 metros e ao contrário do anterior, que é em T tem uma forma assimétrica em Z. ALVES, F., CASTRO, F., RODRIGUES, P., GARCIA, C., MIGUEL A., "Arqueologia de um Naufrágio", Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO'98, 1998, p. 201
“A quilha apresenta também, como particularidade, a existência de várias escarvas verticais, ditas “lisas” ou “lavadas” que atesta tratar-se de uma peça compósita, o que era habitual. Estas escarvas verticais através das quais se “espalmam” perfeitamente duas peças no prolongamento uma da outra, têm uma face transversal interna com 8 centímetros, e uma outra, longitudinal oblíqua, com 72 centímetros. As três escarvas observadas formam assim quatro troços da quilha. ALVES, F., CASTRO, F., RODRIGUES, P., GARCIA, C., MIGUEL A., "Arqueologia de um Naufrágio", Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, p. 201.
“Tambem se ordenão logo co a quilha huns certos forros, que lhe poem para mays fortaleza: os quaes são coraes, e sobrequilha, postos da parte de dentro. Os coraes são os que lhe poem nos couces da roda, e do codaste, para liarem aquellas partes co a quilha…” Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 84.
“ Codaste he aquelle pao grosso, que se aleuanta pollo meyo da popa a cima, da quilha atee o gio. O qual tambem como aroda da proa, he de ser grosso, e forte, e da mesma madeyra de que he a quilha: por que assy como a quilha he alicece desta fabrica, tambem o codaste he como cunhal della; e sostenta munta parte da nao, em especial o gouernalho, no qual carrega munta força dos mares. Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 81.
“…quilha (…) hua traue grossa, que uay ao longo da nao pollo meyo do fundo como espinhaço, ou fio do lombo de qualquer alimaria longa lançada de costas.” Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 76.
“ Esta ha de ser de pao ryjo, e forte como souaro, ou semelhante; e ha de ser grossa, quanto demanda o tamanho do nauio: por que nella assenta, e affirma o liame, e força de tudo. E se for possiuel, seja toda de hum pao; e senão, sejão bem liados, e pregados, os que forem necessareos pera a fortificarem; e sejão de madeyra sãa, e sem noos, que não apodreça. Por que he grande falta a da quilha, como quer que seja membro principal.” Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 78.
“ Esta ha de ser de pao ryjo, e forte como souaro, ou semelhante; e ha de ser grossa, quanto demanda o tamanho do nauio: por que nella assenta, e affirma o liame, e força de tudo. E se for possiuel, seja toda de hum pao; e senão, sejão bem liados, e pregados, os que forem necessareos pera a fortificarem; e sejão de madeyra sãa, e sem noos, que não apodreça. Por que he grande falta a da quilha, como quer que seja membro principal.” Fernando Oliveira, Livro da Fábrica das Naus, fol. 78.
“Esta morfologia de uma quilha segmentada em partes relativamente pequenas é muito singular, afastando-se daquilo que é conhecido, tanto nas fontes escritas como nos exemplos arqueológicos correlativos, pelo que este aspecto deverá merecer no futuro especial atenção.” ALVES, F., CASTRO, F., RODRIGUES, P., GARCIA, C., MIGUEL A., "Arqueologia de um Naufrágio", Nossa Senhora dos Mártires: A última viagem, Lisboa, Verbo / EXPO 98, 1998, p. 202.